quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Quando inventar dá mau resultado...


Sempre tive um problema com o meu cabelo.

Os meus pais sempre gostaram de me ver com o cabelo curto (num corte parecido ao da Beatriz Costa). Na altura, ainda pequena, não tinha opinião própria, por isso não reclamava.

Os anos foram passando e eu cada vez gostava menos daquele corte! Nessa altura, passei a ter o cabelo pelos ombros (era a loucura, para a minha mãe aquilo já era enorme e já ia dar imenso trabalho!), mas sem nunca me conseguir livrar da (maldita) franja!

Na adolescência consegui, finalmente, livrar-me da franja!
Fiquei muito feliz com esta mudança. Tinha como objectivo deixá-lo crescer o máximo possível (afinal, era tudo o que nunca tinha tido: o cabelo comprido e sem franja).
E assim o tive durante anos (nem sempre tão comprido quanto queria, pois ele facilmente ficava fraco e espigado, mas, para mim, era comprido tal como eu queria).


Não me perguntem porquê (é daquelas coisas que ainda hoje estou para perceber!), mas, no dia do jantar do meu 24º aniversário, fui cortar o cabelo e pedi à minha cabeleireira algo diferente (queria mudar a minha vida e queria que isso se refletisse também na minha imagem).
Ela propôs-me fazer umas madeixas. Eu, como gosto da minha cor, não quis.
Ela propôs-me fazer uma ondulação (tenho o cabelo liso). Eu, como gosto do meu cabelo liso, não quis.
Ora, acabou por propor-me fazer um cortar diferente. E eu (feita parva!) acabei por aceitar. Saí de lá com o cabelo pela altura do meu queixo.
Não sei o que me deu para ter aceitado aquela proposta! Apesar de achar que, aquele corte tão curto, não me ficava mal (e admitir que exigia muito menos trabalho), preferia tê-lo comprido. Era estranho, não me reconhecia naquele novo penteado.


Nos meses que se seguiram tive vários casamentos (o que não ajudou nada a gostar daquele corte!). Ora, com um cabelo daquele tamanho, não havia grandes penteados a fazer. Fiquei desgostosa e jurei, para nunca mais, cortar, de livre vontade, o cabelo tão curto!

Ontem voltei a cortá-lo. E, tal como tem acontecido das últimas vezes, já só peço "corte só mesmo as pontinhas", é que inventar pode dar mau resultado.

2 comentários:

  1. A mim acontecia sair sempre do cabeleireiro com as lágrimas nos olhos. Até que encontrei uma cabeleireira que só faz mesmo o que eu quero.

    ResponderEliminar
  2. Às vezes sabe bem mudar mas quando me aventuro em cortes mais radicais também costumo arrepender-me rapidamente... mas costuma ser uma questão de tempo até me habituar ao novo visual!

    ResponderEliminar